Eu colírico
De tudo que eu diga ou venha a fazer um dia, que algo seja belo e digno de poesia...
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Mercador, não me apareça...
Dor,
que eu gasto,
gasto
e nunca acaba...
Poço sem fundo
de água amarga.
Mercador, não me apareça...
Que eu vendo a dor e a alma!
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Pra onde vai a chuva
Chove na terra,
e os pingos longos da chuva fresca
regam as flores da primavera.
(Com águas rosadas)
Chove no mundo,
e os pingos grossos da chuva rala
molham as costas de um vagabundo.
(Com águas amarelas)
Chove no morro,
e os pingos fortes sobre os barrancos
fazem um pobre pedir socorro.
(São águas castanhas)
Chove na vida,
e gotas tristes de um pranto amargo
correm dos olhos da dona Guida.
(Que águas cinzentas...)
Mas, tudo o que sei
é que chove e chove.
E não importa a cor da água,
é pro chão que ela se move...
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Ora...
Ora,
Se o mundo é mesmo esse ovo podre,
A culpa é sua
E também minha...
Não façamos a sacanagem
De pôr culpa na galinha!
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Versos tristes de outubro
i
A quem pergunte se casei,
Se procriei,
Se evaporei,
Se virei pó...
Responda apenas que vou só.
A alma livre. O peito nu.
Mais só que o sol
No céu azul.
ii
Dó
De
Mim
Fá, Sol, Lá, Si...
Se me pego assim tão só.
Sem canção,
Sem sol,
Lá, Si.
Lá se vai meu arrebol...
iii
Cada um sofre de um lado
Pela mesma dor, calado.
Cada um sofre de um jeito
Pela mesma dor...
No peito.
iv
Meu coração propõe ao teu
(Que viaja o ano inteiro),
Desfazer todas as malas
E ter-me por paradeiro.
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