domingo, 8 de abril de 2012

Poemas noturnos de despedida

I

Não que não doa o meu coração...
Dói!
Mas acostumou-se às partidas.

Não que não sangre, não sofra, não ame...
Ama!
Mas habituou-se às despedidas.

Ouvirá o teu adeus
Com a calma típica de quem há muito aguarda...
E não protestará!

Os dias tornar-se-ão longos e pesarosos
E as noites serão frias e deprimentes.
Mas, o meu coração
(com a calma típica de quem há muito aguarda)
Não protestará!

Dirás, então:
"Que frio, que frígido o teu coração!
Não sangra, não sofre, não ama!
Não tem feridas!"

Direi:
"Ama!
Mas habituou-se às despedidas..."


II

Se queres, vai...
Pois não ostento o que não tenho
E não agarro o que me escapa!

Se queres, fica...
Mas pousa livre no meu ombro,
Sem coleira e sem anilha.

4 comentários:

  1. Lindo, esse novo poema! Como os outros... ;)

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  2. Que encantador!

    "Se queres, fica...
    Mas pousa livre no meu ombro,
    Sem coleira e sem anilha!"

    Você é um poeta muito, muito bom!
    *.*

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  3. Copiando a Débora:"Se queres, fica...
    Mas pousa livre no meu ombro,
    Sem coleira e sem anilha!"

    Sensibilidade de poucos. Fazer poema é difícil demais, digo, poema DE VERDADE. Neste ponto, vc está no caminho certo! Continue...

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